sábado, 23 de maio de 2015

As sete chaves da Birota.
Senhor e senhora, sentados embaixo desta lona! É com a linguagem comedida e isenta de hipérboles que você vê, que estamos nos desculpando pelos transtornos surgidos antes dos nossos dois últimos espetáculos. 

As barreiras e os barreiras – sim, a diferença está no artigo! -, do nosso picadeiro-blog se aliam a este ato solene, por terem protagonizado – “Por necessidade!”, acentuam todos, substantivos e artigos – tais  confusões.
Para nossa satisfação, no entanto, o alvoroço foi muito elogiado pelo público que, durante os dois episódios, nem havia ocupado seus disputados lugares.  

Aliás, muitos dele, o honrado público das duas semanas, pediram autógrafos aos, para eles, excelentes atores das hilariantes ante-primeiras atrações!... Querem bis... não é bom?

Dito isso, vamos à alegria!... Chega de cerimoniais...  
Então, arrrrrrrrrranquemos o franzido dos cenhos, voltemos ao estilo superlativo e comecemos a xaaaaamegar, porque ao invés de um, temos uma dupla de palhaços adentrando o nosso grande, estrondoso e iiiiiiiiniiiiiguaaaaaláaavel picadeiro semanal...

É a nuuuuuuuooooooossa...


PRIMEIRA PARTE – PRIMEIRO NÚMERO  

“o nariz e “O” nariz”

 

Dois tempos no mesmo NARIZ
Como xamegam esses dois!... Quem?... Oras, o Xamego, que até pelo nome, não surpreende, mas o outro... ué!...  é essa figura de  COQUE?... Uau! É uma PA-LHA-ÇA!... Olha o xaxado dela!... Aliás, os pezinhos são o máximo: torcem prá trás, retorcem prá frente... Que xamego bom... E agora, prá cima!... E, depois... prá baixo?...

Mas, é pé ou nariz!... É um ou são dois?  Que número é esse, meu Deus!... Presta atenção! Impossível... o vermelho do nariz dela está to-man-do con-ta dooo  pi-ca-deeeeeei-ro! Dá prá entender?... É, pasme sim!... Enquanto o nariz vai ficando compriiiiiido... a palhaça vai ficando pequeeeeeeena... E... zás! É uma menina!... E... trás!
É uma BRUXA!... 

UAU!...É um transformismo. Queixos caem...  Bocas escancaram... Segura que tem mais!... Ela está no pátio da escola... Curvada, velhinha e o nariz compriiiiiiiiido...  
Que incrível!... As amiguinhas, percebe-se,  enfeitadas, coloridas,  graciosas... disparam... Ouve os gritinhos nervosos?... A expectativa é geral!
 
Daí, surpresa!... Um vermelhão toma conta do picadeiro... Nada se vê.  A não ser o compriiiiido, que depois é pequeeeeeno nariz de bruxa, que rouba a cena e  fica grande... no artigo. Vira “O” nariz. Olha ele aí... Achava que ele não vinha?  Alívio virtual... 

Que magnífica atração!... “O” nariz, note!, não vem sozinho. Está na palhaça!... Tudo a ver: completa a artista... que já aperta a mão da vovó, quer dizer, do palhaço, e orgulhosas, quer dizer, orgulhosos, sei lá!, enfim, Xamego e Birota,  sorriem e recebem os merecidos aplausos... Mesmo porque, se é bruxa tem que ser bruxa, se é palhaço ou palhaça, tanto faz... O importante é xamegar...  

Mas, ei!, e a dupla-nariz?... É o seguinte: olha o nariz da dupla na comovente ilustração do Alex Du Arte... Agora focalize o artigo que se coloca na próxima frase... Não são “OS”  narizes?...

Assim... sem  tempo a perder, passemos para a nuuoooossa...


SEGUNDA PARTE 

E o nosso agora continua mais que especial...  Próxima atração: uma doce, terna e incrível história de amor. Que, para ser considerada mais inédita do que todas, baseia-se num encontro ocorrido aqui mesmo, no post 5, neste nosso surpreendente picadeiro.  E uniu dois corações, um casal, ele na plateia, ela no picadeiro, par tão diferente quanto inspirador.   Estamos falando da primeira fábula encenada no blog do Xamego...  Algo, em suma, histórico na dramaturgia virtual... Prepare-se para o enternecedor romance entre...

 “PITOCO E TOTOCA”

 

A mocinha aguarda o galã, no cafofo

Cenário: O colorido e iluminado picadeiro virtual do Xamego, onde a estrela de um dos números mais empolgantes da curta mas grandiosa história deste, atua como uma das coisinhas mais  deliciosas do mundo, a  personagem feminina da nossa peça. A opinião é abalizada pelo outro personagem da peça, ou seja, o galã sarado e sedutor, segundo a mocinha. Em cima, a lona. Ao fundo, a ansiosa plateia da qual você faz parte, o que muito nos honra. Emocione-se, pois.

1o Ato – Totoca está em cena e Pitoco não consegue desviar os olhos dela. Mesmo ela se deslocando pelo picadeiro, velozmente, ele repete milhões de vezes prá si, como nunca notou “aquela gracinha” (sic), sendo sempre assíduo aos tantos espetáculos em Marte . É que ela é uma grande estrela de circo. E nesse mundo virtual, onde recentemente atua, ela se espalha quase tanto quanto o coração dele palpita. “Que docinho!” (sic).

2o Ato – Entre a segunda e a terceira das ousadas cambalhotas, Totoca começa a sentir um magnetismo estranho, talvez vindo de tantas luzes e cores. Mas não! Sabe que há um olhar penetrante em jogo. Daí, “quem é aquele jovenzinho danado, de olhos manhosos e tão interessante, na terceira fileira à direita?”  (sic). É ele!... imagina. Tropeça nos pés.

3o Ato – Pitoco, próximo ao picadeiro, nota o tropeço e se remexe na terceira fileira à direita. Tenta se acalmar e sente o rosto corar quando ela inicia os quinto e sexto movimentos.  Diferentes, inéditos. Sedutores... Que asinhas e as perninhas!... “Preciso conquistá-la... Pedi-la em casamento... Ficar com ela pra sempre” (sic).

4o Ato – Totoca está feliz. Encontrou sua alma gêmea. Planeja o futuro, começando por preparar um especial “Gran Finale” (sic), porque ela é poliglota e não fica só no batido co-có-ri-có... Voa e salta no colo da entusiasmada criançada e, por último se joga no “bonitão, será um papai?” (sic)tão tímido, sentado naquela cadeira bem calculada por “euzinha” (sic). 

5o Ato – O momento dos ovos é um estouro! Dai ninguém notar a preocupação do Xamego. Ele brinca, mas não sabe o que vai fazer. E quando o número da “Totoca, a galinha amestrada” não tiver sua querida Totoca?... A plateia alheia vibra...  

Xamego disfarça... Onde procurar outra amiguinha tão carinhosa?... Tão habilidosa e que ainda bote um... dois... seis... sete... ovinhos ao vivo e em cores... numa única apresentação! 

Tão diferente, que tenha dentro de si tanto chocolate saboroso?... “Até a Páscoa do ano que vem, quem sabe?”, suspira o palhaço, de cá, e o galo (ã) apaixonado de lá. 

Ao picadeiro virtual pouco se lhe dá, pois “o amor é um mundo à parte!” (sic). Mas bem no seu centro, agradecendo a ovação, a galinha Totoca só sorri pro amado Pitoco. Derretida, nem percebe o perplexo Mariovaldo que continua... Está-tua!  

Birota relembra a letra do xaxado, no cavaquinho
Birota: “Não é o fim, vó!... Eu também ããããmoooo chocolate!... 
Mas, não é a sua música que diz que até com setenta anos ainda se quer um xodó? “( sic ).

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