sábado, 15 de agosto de 2015

Alvíssaras!... Totoca, a respeitosa senhora Pitoco, volta a xamegaaaaaar...  E o Mariovaldo está-tua!!! 
Sabe-se muito bem, cara Totoca, família é tudo! Não é platéia-família-nossa?... Você sabe e cada um dos circenses sabem melhor ainda... pois, taí uma es-pe-ta-cu-lar tradição... além do que, xamegar é constatar o quanto vale um grupo familiar, que, mesmo minúsculo, equivale a grandes construções tais como, um lar, uma estirpe, uma história... E esta família deste agora é grandiosa, enorme de imensa, pois lota toda semana este  incomensurável circo virtual. Então, aperte-se no seu lugar e senta que lá vem a nuoooossa...

PRIMEIRA PARTE – PRIMEIRO NÚMERO 

“O vôo das duas caipiríssimas violas” 
 
A dupla “Coração do Brasil” faz a plateia “voar” no picadeiro-blog e o disco “ Artista de Circo” relembra as canções  apresentadas no Circo Guarani .

É assim mesmo!... Treme não... As cadeiras são outras, a lona está diferente e você está no ar... nos dois sentidos que essa expressão carrega... E os dois caipiras que você vê aí em cima interpretam a canção do clique aqui e você viaja no nosso exclusivíssimo avião-da viola-ensolarada... Vê alguns sabiás?... 

Pássaros cantores. Ouve o Tonico e o Tinoco?... São eles, sim. É aquela dupla... Os cantores -passarinhos... Olha, então, láááááá prá baixo... Não se trata do picadeiro de uma lona de circo... É o sertão!... Compreende?... Reconhece? Poético, não?... Que som!... Que violas!... Que paisagens!... Voe com estas vozes... libere o pensar... vá pra longe com o verso: 

"Eu nasci naquela seeeeerrrrrrra..." Gente! E essa brisa que bate no rosto?...E essa plenitude em pleno agora?...No show maior que o Xamego e esses nobres caipiras oferecem só pra você!...

Quer descer?... Não?... Clique de novo... Voe de novo... Cante também!... Agora é aplaudir o quanto acha que deve...  viajar o quanto acha que pode e ser livre o quanto sabe que quer... com estes sabiás que cantam pra você e com você toda vez e hora que você clicar. Fácil!

Vozes e vestes inspiradores dos picadeiros para o infinito virtual.
Vida boa é isso, grande família... alegria... espanto... emoção e muuuuuuuuito Xamego... Todos os mundos já sabem... o que é... o Xamego...

SEGUNDA PARTE
E a família Alves, como toda família circense, tem tradição... tem surpresa... tem história... e, muitos “agora” especiais... como este... como a nossa tradicional peça de agora... Aconchegue-se... vai ser como sentar na sua sala de estar-tua... Emocione-se pois, com... 

“O GUARANI JOÃO E A ÍNDIA URUGUAIA"

                      
             Brígida, a índia do Guarani e o filho Nenê Alves.


Cenário: O quarto pequeno e frio de um hotel qualquer, em alguma cidade brasileira.
Protagonistas: O proprietário do Circo Guarani, todos os pensamentos da longa noite e a canção “Tiptiptin”
1º Ato. O céu escurece depressa. João Alves precisa dormir. Um amanhã difícil... A música martela a cabeça... Brígida vive cantando... “Todas las mañanas/ Bajo tu ventana/Canto esta canción...”
Pensamento: Brígida naquela apoteose  marcada por motivos brasileiros especialmente indígenas: destaque entre as outras... Aqueles negros cabelos nos ombros caiiiiiiiiiiindo... Calada. Séria. Uma pequena grande mulher... Brígida vive cantando: “Este es el sonido/ De un fuerte latido/ De mi corazón...”
2º Ato. Noite alta. João não concilia o sono. O que terá acontecido?... Foi uma longa separação... Ausência longa demais... Brígida vive cantando: “Ladróns de amores me llaman/ Por robarme tu cariño/ Como a un joguete que a un niño...”
Pensamento: O amigo Genésio Arruda sabe que é viúva. E tem um  filho. Uma pequena índia uruguaia guerreira... mulher forte... parceira ideal... Brígida vive cantando: “ Tiptip tin, tiptin/ Tiptipton tipton/ Todas las mañanas/ Bajo tu ventana...” João abre a janela. Céu claro. Vê a estrela.
3º Ato. João desmaia de sono. Pesadelo pesado. Nenê, Efigênia, Eliza, Toninho... Todos chamam... Pedem... Esperam... Muito tempo... Tanto tempo... Quanto tempo! Brígida vive cantando:  “Con él me robé tus besos/ Y un rizo de tus cabellos/Pero me he  enredado en ellos/ Y no me puedo escapar...” Sobressalto!
Pensamento: Benjamim acha que é sorte: “Essa é a mulher para um João como você... Circo grandioso. Respeito entre grandes famílias...” Os cabelos da Brígida, negros... nos ombros caiiiiindo... Filhos, aconchego, família... enfim... estirpe garantida.
4º Ato. Ainda é cedo para o trem. João senta na cama. Coração acelerado. Brígida vive cantando: “Con mi guitarra en la mano/Y en ella un ramo de flores...”
Pensamento: Casamento florido... Casa florida. Vida encantada... Quatro filhos Alves... Nenê também é Alves. Efigênia, a ingênua, Toninho, o intelectual. Eliza, terrível... engraçada... um palhaço? Família com história... Brígida vive cantando... “Brííííííííííííígida! Para de cantar... O gato passou pelo picadeiro!” João sorri. João chora.
5º Ato. Manhã gelada. João faz e desfaz as malas. Velho? Fraco? Erros demais? Distante demais?... Tempo... Muito tempo... Brígida vive cantando: “Tiptip tin...”
Pensamento: Só notícias tristes. Presságios duros. Culpa?... Brígida costurando... brinca com as meninas: Vareta?... Botucuda?... Protege o homenzinho... Nenê?... Carinha o caçula... engraçado como a Eliza... O Palhaço!... Mas e o meu Nenê?...  a minha família?... e o meu Bríííííííííígida?... Brígida vive cantando “Y en mi cantar voy diciendo/Que nunca te he de olvidar/Que aunque la vida me custe/De cantar no he de dejar...” João parte com o trem. Volta pra casa. Devolve o nome e o– homem de família. Brígida e  Nenê  acompanham o trem das “Irmãs Alves”: “Tip tip tin...”


Xamego e Gostoso, palhaços, sim senhor! do Circo Guarani
... o Xamego às vezes rói... el corazón... 

Abuela Xamego: “Birota, niña... te paso la cuchara! Fim do espetáculo!